A liturgia de hoje tem um sabor amargo: a traição de Judas. Não nos confundamos: Judas representa todas as forças do mal que tomam parte dos nossos pecados, que se opõem aos planos maravilhosos de Deus. No Evangelho de Mateus, a noite já descia sobre a cidade e os peregrinos que vinham para a Páscoa continuavam chegando. Um ar festivo invade tudo, uma espécie de canto da libertação. Judas fica em silêncio, parece não ter consciência de ter vendido o seu Senhor como se Ele fosse um escravo. Todos percebem que chegou a hora e Jesus está livre e decidido.
Nas Comunidades
Hoje em muitos lugares é celebrada a Procissão dos Passos com a imagem de Nosso Senhor dos Passos.
A procissão dos Passos, ou Procissão do Encontro foi implantada pelos Franciscanos em Portugal e é uma representação do caminho percorrido por Cristo desde sua condenação até sua crucificação. A encenação do momento fica a encargo da tradição de cada lugar.
No Brasil várias igrejas têm a proteção do Senhor dos Passos, muitas delas na Bahia. As 14 estações da via-sacra são recitadas durante a procissão, sendo a parte principal e mais emocionante quando Jesus encontra sua mãe, Maria Santíssima, recebendo o título de Nossa Senhora das Dores.
Este é o dia em que devemos refletir sobre o amor de nossos pais. Maria quando encontra Jesus pôde compartilhar na pele a dor de muitos genitores que perdem seus filhos, nem sempre para a morte, mas às vezes para as drogas, prostituição, alcoolismo, doenças ou crimes. Por isso, na Quarta-feira da Semana Santa, é importante aprendermos a valorizar nossos pais, principalmente em tempos incertos em que doenças invisíveis estão entre nós.
Da Equipe de Redação | Movimento CJC, com informações da Canção Nova e CNBB